A ararinha azul

A ararinha azul

A ararinha-azul (Cyanopsitta spixii),ave da família Psittacidae é uma das espécies mais ameaçadas de extinção do planeta. Existe atualmente apenas um exemplar em liberdade, vivendo no município de Curaçá-BA, e outros 60 em cativeiro espalhados pelo mundo.

A ararinha-azul sempre foi rara na natureza, e durante séculos de colonização humana seu hábitat vem sendo destruído. O principal fator que levou a espécie a este quadro dramático foi a retirada de ararinhas da natureza, por traficantes de aves, para o comércio ilegal.

Em 1990 o Governo Brasileiro criou o Comitê Permanente para Recuperação da Ararinha-Azul (CPRAA), que é composto pelo IBAMA, Parque Zoológico de São Paulo, Criadouro Chaparral (Recife), Fundación Loro Parque (Tenerife), Birds International (Filipinas), Houston Zoo, mantenedores, entidades e pesquisadores nacionais e estrangeiros.

O CPRAA tem um grupo trabalhando com as ararinhas de cativeiro. O Programa como um todo se baseia em aumentar o “estoque” de ararinhas que estão em cativeiro, através da reprodução controlada. No início eram 17 ararinhas; hoje já são cerca de 60, distribuídas entre Brasil (Recife e São Paulo), Filipinas, Suíça e Tenerife (Espanha).

Em 1991, o CPRAA criou o PROJETO ARARINHA-AZUL, no Município de Curaçá, com a finalidade de estudar Clique na imagem para ampliá-laa ararinha-azul no campo, ou seja, sua área de vida, padrões de deslocamento, alimentação e comportamento, buscando preservar as áreas em que ela habita. Além disso o Projeto faz um trabalho de envolvimento da comunidade, para que as pessoas se identifiquem com a causa da ararinha e participem do trabalho de conservação. Outra atividade desenvolvida pelo Projeto é a pesquisa sobre a biologia de um outro psitacídeo da região, a maracanã (Ara maracana), que tem hábitos muito semelhantes aos da ararinha.

O PROJETO em Curaçá dispõe de uma base na cidade e outra no campo, localizada na caatinga, dentro da área de vida da ararinha, a cerca de 30 km da sede do Município. Também possui uma Toyota, indispensável para o deslocamento nas difíceis estradas da região.

Para a realização dos trabalhos, o Projeto conta com a presença de um biólogo na cidade em tempo integral; este conta com o auxílio de um assistente de campo e de vaqueiros locais. Também são recrutados estagiários, geralmente estudantes de biologia, que auxiliam na coleta de dados.

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